27 setembro 2015

O jogo da conquista


O título é dramático demais admito. Mas é inegável, o jogo da conquista existe e este é um jogo que nunca fui bem, nem aprendi suas regras até hoje. É aquele tipo de jogo que você entra e tenta contar com a sorte de principiante. 

Você conhece alguém, sai com ela, curte e quer mais. Simples não? Não. Agora vem as regras do jogo: Mande uma mensagem ou convide-a pra sair rápido demais e estará parecendo carente, desesperado. Demore muito e demonstrará desinteresse. Qual o tempo certo? Quem inventou este tempo?

Seria mais simples se as pessoas fizessem o que tivessem em mente ou o que seus sentimentos mandassem, mas não é assim que o jogo funciona. É necessário jogar, não pelo fato da regra existir, ela nunca existiu, mas como somos humanos temos que aprender valorizar e só valorizamos quando perdemos ou quando sentimos falta.

O problema é quando você não consegue regular esta "barreira dos sentimentos" e nela só tem uma alavanca para acionar: Liga ou Desliga. Não da para abrir metade ou ir soltando aos poucos. É complicado segurar quando a pessoa do seu interesse desperta aquela faísca em você. 

Talvez seja melhor pensar em nós mesmos, aquietar o frio na barriga e o anseio pela ligação ou melhor, pelo whatsapp que nunca toca e quando toca não é ela. Melhor fluir naturalmente sem se preocupar com as regras do jogo.

Aqueles que conseguem dominar estas regras, mecanicamente, manipulando os resultados talvez tenham sucesso em suas conquistas, mas nunca saberão a sensação de escrever uma mensagem, um email ou digitar o telefone e pensar: Envio ou não envio? ligo ou não ligo? Este frio na barriga é indescritível e só existe por causa das malditas regras. Afinal, talvez elas não sejam de todo o mal.

Luis Augusto Vanzin


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